A crise dos preços dos alimentos de 2024 em Minna, no Estado do Níger, revela a profunda interligação entre as reformas económicas, a insegurança, as alterações climáticas e as falhas de governação. Este estudo investiga as causas imediatas e estruturais da crise, com base em dados primários de 381 inquiridos e na literatura secundária. As conclusões mostram que a supressão dos subsídios, as flutuações da taxa de câmbio e as práticas de exploração por parte dos comerciantes criaram uma escassez artificial, ao passo que a negligência de longa data em relação ao investimento agrícola e à inovação tecnológica agravou a insegurança alimentar. Ao contrário de crises anteriores, este episódio é marcado por uma inflação sem precedentes, agitação regional e aumento dos níveis de pobreza. A crise não tem apenas a ver com a baixa produção de alimentos, mas também com fraquezas sistémicas - infra-estruturas deficientes, falhas de mercado, corrupção e fraca implementação de políticas - que deixam as populações vulneráveis em dificuldades. As mulheres e as crianças são afectadas de forma desproporcionada, com as taxas de subnutrição a aumentarem e os rendimentos das famílias a serem reduzidos à medida que os preços dos alimentos sobem mais de 50%. Os protestos em Minna e em todo o norte da Nigéria mostram como a insegurança alimentar alimenta a agitação social, criando um ciclo vicioso de pobreza e instabilidade.
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