Em "Portugal perante a Revolução de Hespanha", Antero de Quental aborda a turbulenta realidade político-social da Península Ibérica no século XIX, destacando os impactos da Revolução Espanhola sobre Portugal. A obra é marcada por um estilo argumentativo e fragmentado, refletindo as incertezas e tensões da época. Quental mistura a análise histórica com uma crítica incisiva às consequências da revolução, posicionando-se como um defensor da necessidade de reformas sociais e políticas em seu país, o que demonstra sua profunda preocupação com o destino da nação. O contexto literário da época também é relevante, uma vez que o romantismo e o realismo estavam em plena efervescência, influenciando a forma como os escritores abordavam questões de identidade e nacionalidade. Antero de Quental, figura central do movimento literário português e um dos principais representantes do Escritismo, foi um filósofo e poeta profundamente engajado nas questões sociais e políticas de seu tempo. Sua formação intelectual e seu contato com o positivismo e o socialismo europeu certamente moldaram sua visão crítica frente ao enraizamento de tragédias sociais, levando-o a refletir sobre a relação entre Portugal e Espanha. Através de sua escrita, Quental busca não apenas documentar, mas também provocar uma reflexão que transcende a mera observação histórica. A obra é recomendada a todos que desejam compreender as dinâmicas políticas que moldaram Portugal e a Península Ibérica no século XIX. Através de sua análise perspicaz, Quental não apenas proporciona uma leitura histórica, mas também instiga o leitor a refletir sobre as implicações das revoluções e a necessidade de uma consciência crítica em períodos de transformação social.
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