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Nesta autoficção transgressora e despudorada, clássico da literatura marginal, o escritor e compositor Luís Capucho mergulha o leitor na penumbra. É um relato confessional que se passa quase inteiramente na sala de exibição de filmes pornográficos do título Corre a década de 1990, quando o local, no centro do Rio de Janeiro, havia se transformado em endereço de encontros homossexuais, enquanto na tela eram exibidos filmes de pornografia hetero. Entre homens e travestis, e uma única mulher que vendia balas e cigarros, o prazer é obtido furtivamente, sob a parca luz da projeção. O livro se…mehr

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Produktbeschreibung
Nesta autoficção transgressora e despudorada, clássico da literatura marginal, o escritor e compositor Luís Capucho mergulha o leitor na penumbra. É um relato confessional que se passa quase inteiramente na sala de exibição de filmes pornográficos do título Corre a década de 1990, quando o local, no centro do Rio de Janeiro, havia se transformado em endereço de encontros homossexuais, enquanto na tela eram exibidos filmes de pornografia hetero. Entre homens e travestis, e uma única mulher que vendia balas e cigarros, o prazer é obtido furtivamente, sob a parca luz da projeção. O livro se baseia na experiência do autor e em sua observação detalhada do dia a dia do local e seus frequentadores. O cinema Orly é, para o autor, um paraíso e um inferno. Reinam os fluidos e a genitália exposta. E as incursões entre as fileiras de poltronas se tornam uma rotina na vida do narrador, que antes de cada visita passa por um botequim para beber uma cerveja e uma dose de conhaque. Capucho entremeia a narrativa com letras de músicas que ele compõe de acordo com suas vivências. Para o narrador, a experiência de frequentar o cinema de "pegação" significa provar do mais radical anonimato, ser apenas uma imagem sem alma. No entanto, o cinema Orly tem uma surpreendente face civilizatória: policiais entram de quando em quando na sala de exibição e não interagem com ninguém. Tornam, assim, a plateia do cinema um espaço de sociabilização, um terreno preservado da violência urbana e dos sobressaltos do cotidiano. Tudo é ao mesmo tempo previsível e inesperado. "O cinema havia desenvolvido suas próprias regras", escreve o autor. "No seu subterrâneo, dentro de sua bolha, fazíamos parte de outro mundo, cuja higiene, noção ética, amplitude, atmosfera, gravidade, cor, movimento e abordagem social eram parte de um mundo diferente do mundo lá fora."

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Autorenporträt
Luís Capucho nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, em 1962. Autor de diversos livros - dentre eles Rato (2007), Mamãe me adora (2012), Diário da piscina (2017) e Cartas para o Edil (2023) -, é também cantor e compositor e deu aulas em escola pública. Desde os 13 anos vive em Niterói, onde se graduou em letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Cinema Orly foi seu primeiro livro, e a primeira edição, de 1999, ganhou o prêmio Arco-Íris dos Direitos Humanos (2005). A obra recebeu versão para o espanhol em 2022. Em 2017, o autor recebeu a medalha José Cândido de Carvalho pela Câmara Municipal de Niterói por sua obra literária. No início dos anos 1990 teve composições suas - em parceria com Mathilda Kóvak e Suely Mesquita, entre outros - gravadas por nomes como Cassia Eller, Pedro Luís e Arícia Mess. Entre suas canções mais conhecidas estão "Maluca", "Máquina de escrever", "O amor é sacanagem" e "Eu quero ser sua mãe". Em 2003, lançou seu primeiro álbum, Lua singela, que foram seguidos por Cinema Íris (2012), Antigo (2012), Poema maldito (2014), Crocodilo (2019) e La vida es libre (2023). Em 2023 teve sua vida e obra retratadas no filme Peixe abissal, documentário dirigido por Rafael Saar e selecionado para a 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes.