A colheita de cana-de-açúcar, desde os tempos do Brasil Colônia, sempre foi uma tarefa dispendiosa em trabalho físico e recursos financeiros. A substituição da força humana por máquinas envolveu longos períodos de desenvolvimento, experimentação e investimentos, porque o processo de colheita envolve a execução simultânea de três tarefas distintas: I) corte e despalhe dos colmos, II) carregamento dos colmos nos meios de transporte e III) transporte dos colmos de cana até o pátio da unidade industrial. Cada tarefa com suas peculiaridades e exigências específicas, bem como a necessária aptidão para operação sincronizada nos talhões canavieiros, resultou em dois sistemas de colheita: a) Sistema CCT (corte - carregamento - transporte) ou semimecanizado; b) Sistema CTT (corte - transbordo - transporte) ou mecanizado. Ao longo do desenvolvimento desses sistemas de colheita de cana-de-açúcar, passando da colheita semimecanizada tipificada pela colheita manual com carregamento e transporte mecanizado para a colheita plenamente mecanizada, ocorreram dois eventos que marcaram profundamente a colheita canavieira no Brasil. O primeiro foi a mudança do transporte ferroviário pelo rodoviário, quando caminhões de diversas capacidades e tipos de rodados invadiram os canaviais, gerando problemas de compactação do solo, porém reduzindo o desmatamento causado pela busca de lenha, combustível para as locomotivas do transporte ferroviário. O segundo evento ocorreu mais recentemente, quando foi estabelecido um protocolo entre produtores e órgãos governamentais proibindo o uso do fogo para despalhe de pré-colheita dos canaviais. Essa proibição tornou praticamente inviável, economicamente, a colheita semimecanizada, que era, então, praticada pela maioria dos pequenos e médios produtores de cana-de-açúcar. Atualmente, sob os efeitos da busca por fontes alternativas de energia, passaram a incidir sobre a colheita mecanizada os efeitos da diferença entre "cana-sacarose" & "cana-energia". Essa diferenciação resultou em enorme alteração na tendência evolutiva dos projetos das colhedoras de cana-de-açúcar e na forma de recepção dessa matéria-prima nas unidades industriais. Nesta obra o autor faz uma análise dessas variáveis e dos requisitos de modelagem, visando avaliar o desempenho operacional e econômico de sistemas mecanizados de colheita de cana-de-açúcar de alta performance.
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