Sobre o lançamento de O ouro do cerrado, vale ponderar ao menos dois pontos. O primeiro é o brilhantismo intelectual do autor. Um típico nordestino que, ao se deparar tanto com as dificuldades quanto com o dinamismo de sua terra, busca respostas nas profundezas da teoria. Isso significa que, neste livro, o leitor terá acesso à trilha intelectual, com as escarpas anexas, de um inquieto pensador progressista, não afeito à respostas simples e pronto para o grande debate. Suas escolhas não poderiam ser as mais adequadas. Baseado no processo histórico, Roberto César Costa Cunha capta a essência de um gênio da raça chamado Ignacio Rangel, para desmistificar todos os sensos comuns, de direita e de esquerda, que povoam o debate sobre o desenvolvimento da agricultura brasileira. O segundo ponto é como se percebe o universal no particular. Partindo do caso da soja no cerrado maranhense, Roberto desmonta mitos, entre eles o do "livre mercado" como o impulsionador da indústria no campo. Ao contrário, a agricultura brasileira é um produto estatal, fruto de décadas de apoio público ao seu desenvolvimento e competitividade. Enfim, Roberto César Costa Cunha nos entrega algo fundamental e digno de seu gigantismo intelectual. Elias Jabbour Doutor em Geografia (USP). Professor Associado do Programa de Pós-Graduação de Relações Internacionais da UERJ.
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