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A imagem sexualizada tem sido e continua a ser uma das características mais comuns da segmentação utilizada pela cultura de consumo em geral e pelos anunciantes em particular. Se o espetáculo das mulheres para satisfazer a escopofilia masculina está em voga há séculos, o uso do corpo masculino seminu ou sugestivamente vestido para promover produtos tornou-se recentemente um objeto de consumo mainstream. Curiosamente, um modelo masculino sensual tem um apelo bissexual e destina-se a atrair tanto homens como mulheres, consumidores heterossexuais e homossexuais. Esta é uma tentativa de fazer uma leitura visual e cultural da representação sexualizada do corpo masculino em exibição, especialmente na forma de manequins, para compreender como os homens foram transformados daquilo a que Laura Mulvey chamou de portadores do olhar para portadores do corpo. Considerando o papel da cultura na formação dos corpos e abordando debates sobre a objetificação do corpo masculino, tentei examinar as formas como o consumismo manipula a construção cultural do corpo, o que, consequentemente, leva à 'morte do corpo', cujo resultado final é o manequim, um fenómeno que sugere a transição e/ou transformação do 'homem'.