"Frei Luiz de Sousa" é uma peça dramática escrita por Almeida Garrett, ambientada no Portugal do século XVII. A narrativa gira em torno de Manuel de Sousa Coutinho, sua esposa Madalena de Vilhena, e a filha deles, Maria. A história começa com a família vivendo em Almada, onde Manuel de Sousa, um fidalgo português, enfrenta a pressão dos governadores que desejam ocupar sua casa. Em um ato de resistência e orgulho nacional, Manuel decide incendiar sua própria casa para evitar que os governadores a usem, simbolizando sua rejeição à dominação estrangeira e à tirania. A peça explora temas de honra, amor e destino, enquanto Madalena luta com seus próprios medos e pressentimentos de desgraça iminente. Ela é assombrada pelo passado, especialmente pela memória de seu primeiro marido, D. João de Portugal, que se acredita ter morrido na batalha de Alcácer-Quibir. A presença de um retrato de D. João na nova casa em que a família se refugia intensifica seus temores e presságios. Maria, a filha do casal, é uma jovem perspicaz e sensível, que também sente a tensão e o mistério que cercam sua família. Ela é fascinada pelas histórias de heroísmo e sacrifício, e sua curiosidade a leva a questionar o passado de sua mãe e a verdadeira identidade de seu pai. A peça culmina em uma série de revelações e confrontos emocionais, onde o destino dos personagens é selado por suas escolhas e pelo peso do passado. "Frei Luiz de Sousa" é uma obra que reflete sobre a identidade nacional, a luta pela liberdade e as complexidades das relações humanas.
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