Violência e abusos dentro de instituições penais são assuntos recorrentes na atualidade, mas esse é um problema que o Brasil conhece desde a colônia. Nesse estudo os martírios serão demonstrados através das diversas formas de punir os infratores de acordo com a perspectiva do filósofo Michel Foucault. Uma pesquisa inédita e que tem sua importância pautada nos resultados obtidos. A discussão proposta analisa como os detentos encarcerados na Cadeia São José entre 1868 e 1888 cumpriam suas penas, que tipo de degradações estavam expostos, como as execuções públicas eram cortejadas pela população e qual a relação do soberano com a morte. Essa dinâmica do poder será percebida em pelo menos três esferas diferentes. Suplícios serão discutidos de uma perspectiva política e religiosa, permeando pela confusão encontrada entre crime e pecado nesse período. Uma cronologia das mudanças na forma de se punir da Colônia ao Império do Brasil nos dará um norte para o problema penitenciário contemporâneo. Através desse trabalho será corroborada a hipótese de que as punições iam além das previstas legalmente e que as ostentações dos suplícios eram uma forma de controle social.
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