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Hoje, mais do que nunca, na Grã-Bretanha, assim como em todos os países ocidentais desenvolvidos, a preocupação com a imigração, a diáspora do Outro, adquiriu um discurso tão estridente e racista que os fóruns políticos públicos conseguiram obter apoio substancial para essa causa dos seus cidadãos eleitores. Isso ficou evidente na votação pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Nesse jogo de política identitária, todo o discurso se concentra principalmente em migrantes económicos e refugiados. Todos os migrantes são, assim, agrupados sob discursos excludentes, ignorando completamente as inúmeras complexidades do contexto dos migrantes, as razões estruturais da sua migração e a contribuição económica substancial que dão aos países onde se estabelecem. Contra esse contexto discursivo, a minha investigação entre os imigrantes do sul da Ásia no sul do País de Gales, na Grã-Bretanha, proporcionou uma forma alternativa e delicadamente matizada de compreender a questão da migração em geral e da migração do sul da Ásia para a Grã-Bretanha em particular. Esta investigação deve ajudar a esclarecer as ligações entre memória, história e identidade na vida das comunidades e as suas lutas por pertença.