A síndrome metabólica é um grupo de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes. Caracteriza-se por obesidade abdominal, hipertensão, hiperglicemia e dislipidemia, exigindo pelo menos três critérios de diagnóstico: perímetro da cintura >102cm nos homens ou >88cm nas mulheres, triglicéridos ¿1,7mmol/L, HDL baixo, hipertensão (¿130/85mmHg) e glicemia em jejum ¿1,1g/L. Os factores que contribuem para o seu desenvolvimento incluem a obesidade, o sedentarismo, a genética, a idade, a etnia, as alterações hormonais, a dieta, o tabagismo e o consumo de álcool. Tem uma fisiopatologia complexa que envolve a resistência à insulina (RI) associada ao excesso de gordura visceral, que liberta citocinas pró-inflamatórias e ácidos gordos livres, exacerbando a RI e a inflamação. A IR também perturba o metabolismo dos lípidos, levando à dislipidemia, e pode prejudicar a função endotelial, promovendo a aterogénese. Esta situação aumenta o risco de doença coronária, acidente vascular cerebral, doença arterial periférica, insuficiência cardíaca e doença renal.
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