O livro é resultado da pesquisa de doutorado em sociologia na Universidade Federal do Ceará (Brasil), que partiu da hipótese de que a identidade do webuniversitário teria a dimensão individual como chave de interpretação, marcadamente descomprometida: embora estivesse em uma comunidade, a ela pouco ou em nada queria estar ligado. Tratou-se de uma pesquisa analítica e qualitativa, cujos procedimentos e técnicas foram os levantamentos bibliográfico e documental, a autoetnografia e as observações participante e não participante em campo. Concluiu-se que o webuniversitário não toma como essenciais as interações com seus tutores ou colegas: não há o "nós" em sua fala; também não percebe como relevantes as práticas nos lugares presenciais da cibereducação, disponibilizados no polo; o webuniversitário privilegia as interações estritamente virtuais. Observou-se, ainda, importante receio de ter descoberta sua condição de portador de um diploma em EaD. Os desafios do egresso da webuniversidade foram compreendidos a partir da formação profissional, marcada por um complexo jogo entre organizações de classe, compradores de trabalho, sistemas formais de ensino e poder público.