Durante 95 anos de história, o Colégio dos Anjos, pertencente à Congregação Marcelina, desenvolveu uma imagem de escola de qualidade e que propicia uma formação integral. Duas datas foram significativas para delimitar o presente estudo: a fundação da Congregação na Itália, em 1838, e a instalação do Colégio dos Anjos, em 1912, em Botucatu-SP. Essa pesquisa contribuirá com as discussões em torno do lugar social da escola e da escolaridade na primeira metade do século XX, e especificamente com a expansão das escolas católicas, sua relação com a sociedade, com as famílias e com outras instituições. Foram analisados documentos que apontaram, como pressuposto, formar mulheres. A saída das meninas de seus lares para um colégio teve forte influência da religião e da política, mostrando um perfil da mulher na sociedade a partir da Primeira República. O colégio presenciou e participou dos eventos da época de ideais liberais democráticos, que fizeram a República; discursos de políticos e de intelectuais impregnados de nacionalismo e civismo, em que o país buscava a construção de uma identidade própria, devido à multiplicidade racial e cultural do Brasil. A educação foi o meio mais eficaz para isso, inclusive, para a expansão da Igreja. Recuperou-se as dimensões pessoais, psíquicas e sociais expressas nas relações com o colégio em análise e a articulação com a memória coletiva acompanhadas de discussões do campo educacional influenciadas pelas mudanças econômicas e políticas do país.
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