A década de 1960 testemunhou o fortalecimento do mercado editorial especializado em televisão, com a revista Intervalo como um dos principais exemplos da disseminação da programação televisiva nacional. A publicação adotou diversas estratégias editoriais para se aproximar do leitor, tornando-se uma das mais relevantes no segmento entre as décadas de 1960 e 1970. A Intervalo se destacou por dedicar-se integralmente a temas e assuntos relacionados à televisão em todo o Brasil. Atento ao mercado de comunicação nacional e internacional, Victor Civita encontrou inspiração para lançar a Intervalo em uma das revistas mais populares dos Estados Unidos na época: a TV Guide. Com formato compacto, essa publicação norte-americana reunia a programação televisiva de todas as emissoras, abrangendo o continente de costa a costa. A proposta de informar os telespectadores sobre programas, filmes e seriados despertou o interesse de Civita, que buscou replicar esse modelo no Brasil com a Intervalo. No entanto, além de divulgar a programação, a revista também se propôs a abordar os temas televisivos com um olhar jornalístico. Esta publicação apresenta a revista Intervalo e resulta de duas pesquisas realizadas por Talita Souza Magnolo durante o Mestrado e Doutorado em Comunicação na Universidade Federal de Juiz de Fora. No Mestrado, Talita investigou a narrativa construída pela revista sobre o III Festival de Música Popular Brasileira, de 1967. No Doutorado, sua pesquisa focou nas principais transformações na relação com o leitor, que, a partir daquele período, também se consolidava como telespectador. A televisão tornou-se uma experiência cultural, e as mudanças comportamentais associadas a esse fenômeno serviram de pano de fundo para a criação e consolidação das revistas especializadas no meio televisivo
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