Os poemas confessionais do Pratinha dirigem-se a um público amplo, ou sejam aquelas pessoas que precisam reunir palavras para expressar amor, falar com seus pretendidos, abrir caminhos da comunicação verbal em função das revelações que o amor lhes exige e para as quais não encontram palavras que considerem doces e necessárias. Não raro, encontramos nos jovens enamorados desejos incontidos de manifestação junto aos seus amados. Antigamente, quando a ingenuidade dessas moças e rapazes os fazia tímidos e despreparados, usavam-se muito as cartas de amor, onde procuravam se esmerar ao máximo, a fim de conseguir contemplar, para si próprios e para seus pares, os sentimentos que acalentavam na alma. Tais epístolas faziam suspirar os amantes. Hoje em dia, a grande maioria dessa juventude já considera perda de tempo começar pela escrita. Os jovens se olham, se atraem e chegam diretamente, convidando o(a) outro(a) para "ficar". Porém os tímidos e os poetas continuam a existir e necessitam do aporte da escrita para embarcar em aventuras amorosas. E essa gente não é pouca. Se fossem um por cento dos habitantes do planeta, já representariam um contingente imenso de leitores capazes de justificar o gênero, digamos assim, que o Pratinha apresenta em sua arte de poetar. Em seus textos encontramos um manancial de adjetivos qualificativos do amor e da pessoa amada, bem como de situações reais ou imaginárias que possam ocorrer para alimentar o arquétipo dos amantes. Por vezes, são manifestações ingênuas e, por outras, tendem a um erotismo moderado e conciliador ante certos moralismos da sociedade em que vivemos. Este contingente imaginário não poderia ser, do ponto de vista comercial, público para consumir os livros do Pratinha, por localizar-se esparsamente no planeta, onde existem alguns milhões de poetas percorrendo o mesmo sentido de escrever. Destarte, bastará um pequeno meneio do poeta para um lado mais apimentado de escrever e este suposto público leitor poderá se multiplicar exponencialmente, atingindo proporção gigantesca. Isto porque o mundo anda a passos largos na estrada do erotismo, em todas as mídias que conhecemos. Aqueles jovens antigos de que falei acima, nunca estiveram inocentes, porque continham em si a lascívia que vem da própria natureza, porém, se controlavam nas epístolas, com maior ou menor liberdade. Eram outros tempos. Hoje em dia, a mesma lascívia permeia no mundo e encontra ambiente amplo para se expandir. Tenho sido editora e analista dos textos do Pratinha e o que sei deste autor é que possui considerável imaginação. que pode viajar para patamar maior, literariamente falando, a fim de conquistar espaço comercial mais produtivo para os seus livros. O seu ponto forte são as crônicas à sua musa, que podem interessar a quem precisa desse aporte. Estas crônicas, nos 19 livros que editei, vieram sempre ao final, com o título de "MEUS CONTOS", sendo essa uma denominação baseada na licença poética, uma vez que, sem desmerecer a qualidade dos escritos, considero que não houve um fator predominante que os colocasse no gênero "contos". É preciso esclarecer isto e aproveitar tais textos em livros separados, dando-lhes o devido valor. Aqui nesse livro e já noutros anteriores, foi colocado mais um "Apêndice" com o título de CONTEXTUAL. Tenho uma parcela de responsabilidade com esta miscelânea, pois concordei em adotar tal formato, uma vez que o desejo do autor parece ter sido colecionar e compilar suas produções em livro, de modo indeterminado, sem maior pretensão. Mas os autores crescem, tanto em produção quanto em caminhos de escrever.
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