O mundo começou a rachar quando percebi que as equações não sustentavam o chão. Nem a água, nem a luz, nem a minha própria sombra. Eu calculava vazões, forças, resistências. Mas o que me escapava... era o que me definia.
Na Coreia, entre curvas de concreto e madrugadas geladas, os dados começaram a se comportar como lembranças. O solo cedia em silêncio. E eu também. Era como se alguém já tivesse escrito tudo até a minha dúvida.
Fui dissolvendo devagar. Não em dor, mas em ausência. Me tornei presença que observa. Matéria que já não pesa.
Ele, o homem que me amou sem medidas, às vezes vai ao rio. O mesmo rio. Senta na margem, fuma sem nunca ter fumado antes. Repete uma palavra que ninguém entende. Mas eu escuto.
A física ensinou que tudo o que cai... já caiu antes. Que o acaso é só uma curva invisível. E que o "eu" que pensamos ser é só um reflexo do reflexo do reflexo.
Se um dia você esquecer seu nome ou sentir que algo dentro já não responde, talvez esteja só atravessando o vidro. Não se assuste. É natural.
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