A Bioética, a partir do contexto latino-americano, torna-se o locus para refletir acerca de questões cotidianas e emergentes que envilecem a vida nas suas mais variadas dimensões. Ancorado na "Bioética Social", cuja epistemologia tem sua fundamentação na realidade fática, apresentar-se-á uma das formas de terminalidade da vida pouco perquirida no cenário acadêmico, como também, invisível aos olhos da sociedade e dos poderes públicos. Trata-se da mistanásia, como morte antecipada e evitável, diuturnamente revelada tanto em seu aspecto biológico como biográfico. Essas mortes, que aviltam a dignidade da pessoa, podem ser mitigadas, caso a máquina estatal, por meio de políticas públicas, assegure a efetivação de direitos fundamentais insculpidos no ordenamento jurídico. O fulcro propositivo do texto é de o neologismo mistanásia, revelado nas teratológicas vidas desperdiçadas, seja radicado e refletido faticamente, de forma sistemática, em textos acadêmicos, conteúdo das disciplinas e programas afins, como também, demonstrar que o Estado tem parcela de culpa na ocorrência dessas mortes que foram criadas e podem ser removidas, sobretudo na população que se encontra em situação de rua. Como também, conscientes das mortes evitáveis, sofridas e indignas, o ser instrumento para enaltecer e defender a vida que deve ser digna, desde o seu alvorecer até o seu termo natural, mas que se encontra exposta e vilipendiada, precisamente nas pessoas que subvivem nas ruas.
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