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Por que escrevemos diários? Para sermos pegos no flagra, é claro: ninguém jamais escreveu para si o que quer que fosse... Talvez post-its com anotações de tarefas urgentes, mas não diários! Oscar Wilde certa vez declarou que nunca viajava sem o seu, a fim de ter sempre algo extraordinário para ler. Se nem toda vida é assim tão interessante, as dos diários são, pois ao ser condensada em literatura a vida cresce. É também uma sedução que se produz sobre a própria vida: cinematografá-la, ficcionalizá-la. É também uma sedução. "O desejo pelo outro é um desejo por si", disse Lacan, e quem…mehr

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Produktbeschreibung
Por que escrevemos diários? Para sermos pegos no flagra, é claro: ninguém jamais escreveu para si o que quer que fosse... Talvez post-its com anotações de tarefas urgentes, mas não diários! Oscar Wilde certa vez declarou que nunca viajava sem o seu, a fim de ter sempre algo extraordinário para ler. Se nem toda vida é assim tão interessante, as dos diários são, pois ao ser condensada em literatura a vida cresce. É também uma sedução que se produz sobre a própria vida: cinematografá-la, ficcionalizá-la. É também uma sedução. "O desejo pelo outro é um desejo por si", disse Lacan, e quem discordaria? Escrever é apenas outro desejo por si, por se compartilhar, criar conexões e afetos. É o desejo em busca do desejo. Alex Sgreccia põe seu desejo em busca do desejo do outro e em busca de si (e em busca de nós, eu e você) ao escrever. Por meio de mensagens trocadas em redes sociais, brinca e vive esse jogo de falta e satisfação. E pensa que morre, e morre mesmo, afinal morrer a cada dia é o que faz a vida continuar viva. A ereção se mantém somente até o gozo, para que uma nova relação possa começar em um outro instante. Armadilhas. Deixar-se morar em uma. Procurar quem lhe devore com destreza e apetite inéditos. Morrer outra vez e, na duração de um orgasmo, conhecer o amor eterno, imaculado - ideal -, narrado pelos poetas épicos e pela religião. Tudo aqui é sagrado e terreno, como é cada pessoa, divina e animalesca, se tiver a coragem que o autor tem. Mas Alex não se / deixa / morar e por isso não sabemos se valente ou covarde. Brinca de Talvez com o amor. Arma o bote, e quando a presa aceita, ele desvia o rosto, se vai como um leão já alimentado - ainda que não esteja. Ou sim, porque seu alimento é o desejo pelo outro, ou o desejo por si refletido no outro, essa é a sua realização? Sem líquido, inacabado. O desejo está sempre a renovar-se. Nenhuma sedução diz um sim óbvio, é o Talvez que enreda. E nessa armadilha entramos por vontade, própria e daquele que escreve palavras como iscas. Pego no flagra, nos deixa suspenso em seu Talvez. [Prefácio de Jessica Cardin]

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Autorenporträt
Alex Sgreccia é do Sul de Minas, e mora em São Paulo capital. É sociólogo e mestre em Antropologia pela PUC-SP. Em 2011, fez sua primeira incursão na literatura ao publicar, em parceria com o fotógrafo Roberto Nardini, o livro "Fotografia, o que será?" Dez anos depois, lançou o romance "Escrevo porque te amo" e seu primeiro livro de contos "Lá, onde vagam as estrelas" (edições independentes, 2021). Em 2022, publicou seu segundo livro de contos, "Persona", com narrativas curtas que são quase poemas em prosa (Editora Tipografia Musical - Série Outras Grafias). Em 2024, lançou o livro de contos "Deserto Azul" (Editora Rua do Sabão).