Há máximas culturais cuja abstração nos leva a refletir sobre o que fomos, o que somos e o que seremos. Um desses adágios anônimos, mas de intrigante ascendência sobre o ego humano, traduz que o homem para se tornar imortal necessitaria de ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. A figuração é ampla e nos permite absorver várias ilações. Dentre elas, inclusive, a mais óbvia representada pelo sentido estritamente literal. Após ter as figurações iniciais. Escrever um livro. Foi então que resolvi debruçar-me à singeleza (não por mera comodidade, e sim, por genuína afeição), ou seja, devotar-me à narrativa de um caminhar da vida de um menino, denodado, hábitos provincianos, que desejava viver e não apenas existir, que crescia próximo de mim e que muito me parecia familiar de quem conservo lembranças de "fadiga e triunfo". Não seria eu? A narrativa de enredo verossímil não pretende ser paradigma existencial e nem possui vocação à modulação prévia da vida de qualquer pessoa, seria de descabida pretensão. Contudo, a vida modesta e comum do menino interiorano, sacristão, entusiasta, matreiro, denodado (que nem visagem temia), seja objeto de apreciação contemplativa da qual se possa obter, além do prazer da leitura, lições simples e necessárias para que sirva ao exercício reflexivo e comparativo de quantos como ele, que simplesmente lutaram e ainda lutam por seus objetivos, contribuindo assim a uma boa saga existencial humana. Distante, está o anseio em atingir a imortalidade.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.