Esta obra traz dois ensaios de ciências sociais, um sobre a gênese da sociologia brasileira, outro de metacrítica da antropologia brasileira ("meta" no sentido de crítica da crítica). O primeiro ensaio. pega os pioneiros da sociologia no Brasil. Temos Miguel Lemos e Teixeira Mendes, que lançam a sociologia de Augusto Comte, desempenhando papel chave na proclamação da República. Alberto Sales irá fazer a crítica, diagnosticando que o positivismo não atingiu seu papel moral na política conforme pretendia. De outro lado, Sílvio Romero, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha e Guerreiro Ramos vão fazer a análise dos processos raciais. Na contramão, Manoel Bomfim vê na raciologia um mero resultado da política imperial inglesa; e Alberto Torres vai inaugurar uma ciência política centrada na idéia de um Estado planejador. O segundo ensaio vai analisar as reflexões vigentes na antropologia urbana brasileira sobre metodologia. Roberto DaMatta e Gilberto Velho se concentram na decifração do "estranhamento", considerado o principal método antropológico. Ruth Cardoso e Alba Zaluar, dez anos depois, vão fazer uma crítica radical, em que o estranhamento aparece como dificultador do aspecto "cognoscente" da antropologia. Exigem uma "participação cognoscente" e que a mesma se articule ao trabalho político, com base não na figura pessoal do antropólogo, mas na diferença de classe social entre ele e as culturas analisadas.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.