A matemática não nasceu nos livros. Antes de ser escrita, ela foi contada, dançada, tecida, esculpida nas pedras e desenhada na terra. Vive nas curvas dos rios, nas sombras projetadas pelo sol, nos ritmos dos tambores, na precisão das estrelas que guiam viajantes. Este livro é um convite para reconhecer a matemática que pulsa no mundo, que se manifesta na arquitetura ancestral, nos grafismos indígenas, nos sistemas de contagem africanos, nos mapas celestes dos navegadores do passado. Ao longo destas páginas, Raimundo Santos de Castro percorre trilhas que desconstroem a visão eurocêntrica da matemática e revelam um saber plural, ancestral e resistente. A etnomatemática surge como um fio invisível que conecta tempos e culturas, desafiando a ideia de um conhecimento único e absoluto. Aqui, a matemática se entrelaça com a filosofia, a história e a identidade dos povos, reivindicando o direito de existir em suas múltiplas formas. Este livro é um chamado para enxergar a matemática além das fórmulas e dos teoremas, para compreendê-la como um patrimônio cultural, um campo de resistência epistêmica e um espaço de encontro entre diferentes formas de pensar e existir. Afinal, quantos infinitos cabem nas matemáticas dos povos?
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