O livro examina os conceitos de existência e eternidade em Leibniz e Espinosa, explorando as tensões entre necessidade e contingência em seus sistemas metafísicos. Na primeira parte, analisa a construção leibniziana da substância individual (mônada) e os paradoxos da criação divina. Na segunda, debruça-se sobre o enigma das ideias de modos não existentes em Espinosa, refutando leituras que associam o tema à contingência. A terceira parte investiga o papel da contemplação na Ética espinosana, mostrando sua ligação com a afirmação da existência. Com rigor filológico, o autor desafia interpretações consagradas, propondo novas chaves de leitura, como a correspondência Leibniz-Arnauld e a noção de contemplação. Destaca-se pela originalidade na análise da contrariedade entre ideias e pela articulação entre lógica, ontologia e afetividade. Com clareza, estilo refinado e rigoroso, este livro enfrenta consagradas tradições interpretativas sobre o pensamento de Leibniz e Espinosa, mostrando seus limites e equívocos. A crítica a Adams e a Russell, no caso de Leibniz, e a Guéroult, Mathéron e Rousset, no caso de Espinosa, são preciosas, indicando um intérprete que não cede ao instituído. A prova disso está na determinação de novas chaves de leitura: no caso de Leibniz, a correspondência com Arnauld e, no de Espinosa, uma ideia nunca trabalhada pelos comentadores, a de contemplação.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.