CISINO COSTA, escreveu até o momento dois romances. Em ambos, abordou grandes questões. No primeiro deles, "MINHA CASA OCIDENTAL - Relato verdadeiro sobre a morte do facínora", a partir de uma trivial história de estudante dos anos setenta, encantado com as cores do comunismo, traçou o retrato de um tempo que ainda nos representa. Nas novecentas e noventa e oito páginas do volume I da trilogia prevista, denominada "Homem Terminal", foi composta uma paisagem das tensões humanas, sociais, políticas e econômicas que atravessaram o século XX e vieram bater, firmes, no seguinte, XXI, alcançando um período de mais de cem anos. Foram apresentadas prementes questões do Brasil e do mundo. Capitalismo e socialismo (que nunca morreu, nem de velho e nem com a queda do muro de Berlim). Os achaques do imperialismo. A supremacia das leis do mercado monarca, em atuação no planeta inteiro, que se sobrepujam ou se imiscuem nos fins, princípios e atuações dos estados. Esses e outros assuntos foram levados à discussão através dos personagens, e o conteúdo apresentado indica a ultrapassagem dos limites do mero diletantismo pela leitura, alcançando, com folga, a exploração dos marcos das ciências sociais. Porém, ainda se trata de um romance, uma história que se conta como sempre. Agora, no livro mais recente, "GABINHO - Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas...", escrito sob a forma de uma carta instrutiva de avô dirigida ao neto, foi igualmente mantida a abordagem de temas superlativos de relevância universal. Muito além de traçar idiossincrasias dos personagens, necessárias ao encadeamento do plano de escrita, a obra fornece informações várias. Trata de história, de religião, de geopolítica, dos universos, da origem do planeta Terra, da irrupção da vida e de lições de orientação de vida. Isto tudo, em rápidas surtidas e em linguagem de fácil entendimento, dentro do possível. Nas próprias palavras do autor-personagem, justificando, em parte, a escolha da empreita ao neto: "Estou abordando este assunto porque vi, outro dia, você mirando, extasiado, o firmamento. O olhar contemplativo tendia ao infinito, viajava sem sair do lugar. Por certo, contava as estrelas e imaginava aventuras na lua clara (...). Eu, também, no meu tempo de criança, quando morava na caatinga seca e branca, alumiada pelo luar enevoado do meu sertão, fazia essas mesmas indagações amadoras, perscrutando o céu entre deuses, astros, dragões e aviões. Perguntava-me, sob os delírios da lua, ouvindo estrelas e olhando encabulado o telhado majestoso do firmamento sobranceiro, que abriga corpos e fenômenos celestiais. Indagava-me. O que é esse céu de guarda-chuva, apresentado, incógnito, sem cripta, que, afirmam, não tem fim? Que é esse sorriso aberto de constelação? Esse circuito de obras - terra, sol de fogo dourado e lua escamoteadora, de luz azul - tudo realizado por Deus? De quê, e como, foram produzidos? De onde viemos e para onde vamos? O que fazemos neste lugar? Desde então, aprendi muitas coisas e estou lhe contando de logo, empregando o gênero epistolar direto, para adiantar o seu lado". O que se pode dizer do nascimento, vida e morte no planeta Terra? Bem-vindo(a) às linhas de: "GABINHO - Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas...".
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