A investigação aqui empreendida pela historiadora Laila Correa e Silva aborda o contexto literário nacional no momento de transição entre a Monarquia e a República, problematizando o fato de encontrarmos até agora, prioritariamente, análises que exploram e destacam a grande atuação literária e política dos "homens de letras", especialmente nesse período. As personagens principais, como aponta o título da obra, são as escritoras brasileiras Ignez Sabino, Délia [Maria Benedicta Câmara Bormann] e Josephina Álvares de Azevedo [Zefa], atuantes na imprensa feminista e na de grande circulação na Corte e na Capital Federal. A imprensa, portanto, foi o campo no qual se estabeleceu uma rede de contatos entre "mulheres de letras" do Rio de Janeiro, de várias partes do Brasil e do mundo, notadamente Europa e Estados Unidos. A literatura produzida no espaço dos jornais do Rio de Janeiro promove a possibilidade da investigação dos significados de projetos políticos e literários de agentes históricos, geralmente marginalizados, as mulheres, que utilizaram a literatura como via de reivindicação de direitos políticos, como o voto feminino, numa sociedade recém egressa da escravidão e da Monarquia, suscitando um debate mais amplo sobre a importância da imprensa feminista em âmbito transnacional.
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