Em "Modernismos múltiplos", Raúl Antelo investiga as complexas relações entre o modernismo e a imagem, entendida não apenas como representação visual, mas como presença viva e histórica. A partir da reflexão de Borges, de que toda imagem é feitiçaria, Antelo propõe que as imagens são forças ativas que estruturam a memória e a cultura, funcionando como método e passagem entre tempos e significados. O autor percorre o diálogo entre Mário de Andrade, Drummond, Warburg e outros, revelando como o olhar modernista sobre o Brasil se constrói em torno de duplicidades, esboços e espelhamentos - do sagrado ao profano, do nacional ao estrangeiro. A análise das figuras de Cosme e Damião, dos gêmeos mitológicos e do próprio Exu, mostra a persistência da geminidade como metáfora da modernidade: uma tensão entre presença e ausência, arte e história, feitiço e razão. Assim, Antelo apresenta o modernismo como um campo plural, fragmentário e mágico, no qual a imagem se torna o núcleo da experiência estética e política brasileira.
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