Este livro investiga como o Exército Brasileiro elabora sentidos estratégicos sobre a Amazônia, ao analisar trabalhos acadêmicos produzidos por oficiais da Escola de Comando e Estado-Maior (ECEME). A partir de uma etnografia de documentos e de uma leitura semiótica, a pesquisa interpreta a categoria de "liderança militar" na sua relação com um papel corporativo para a produção da segurança humana na Amazônia. A pesquisa mostra que, além de proteger fronteiras, a instituição vem moldando narrativas próprias sobre a segurança humana, defesa e os interesses nacionais do Brasil. A análise indica que um processo de transformação interna aproximou militares de uma lógica empresarial, reconfigurando um quadro "empresarial-militar" de percepções de ameaças e oportunidades a respeito do desenvolvimento nacional. Nesse contexto, as narrativas sobre a Amazônia ganharam contornos de um projeto "autonomista", no qual valores nacionais são associados ao conceito originalmente internacional de segurança humana. Mais do que estratégias de combate, emergem práticas de influência sobre a sociedade civil para estabelecer uma "política-estratégica", pelos meios de: conquistar "corações e mentes" no "terreno humano", mobilizar formadores de opinião e ampliar a atuação da Força na região. Entre meio ambiente, soberania e geopolítica, este livro convida a refletir sobre como discursos militares ajudam a definir o futuro da Amazônia - um território que hoje está no centro das atenções globais.
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