Obra canônica do pensamento pós-colonial, O discurso antilhano é uma das mais decisivas reflexões de Édouard Glissant e ponto de virada de sua trajetória intelectual. Nesse mosaico de noventa e seis textos que cruzam história, sociologia, literatura e poesia, o autor formula uma análise radical sobre a experiência diante da colonização, da assimilação e das persistências do racismo. Contra à homogeneidade ilusória imposta pela política colonial, Glissant afirma as Antilhas como espaço de crioulização, onde a diversidade e o choque de culturas produzem novas formas de existência que não se deixam reduzir. Conceitos hoje centrais - como crioulização, opacidade e relação - encontram aqui sua primeira grande elaboração. Mais do que um ensaio, trata-se de um livro-manifesto que deu voz a uma geração de escritoras, escritores e intelectuais da diáspora africana e abriu caminho para obras e movimentos que repensaram a literatura e a identidade fora dos moldes impostos pelo colonialismo. Um estudo incontornável, cuja força emancipatória segue iluminando debates sobre cultura, hegemonias e imaginário no mundo contemporâneo. "Respirar a Martinica é abrir-se às Antilhas, ao Caribe, ao que está e pode estar em relação; ilha já é arquipélago. Por essa razão, para ter com a reflexão aventada por Glissant, é importante transitar por entre o múltiplo no que se nomeia na singularidade, ou seja, pela Jamaica na Martinica, por Cuba em Trinidade e Tobago, por Guadalupe no Haiti." Tiganá Santana
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