Cada um dos textos do livro traz a força da metáfora da árvore a que se refere o título: «forte na sua estrutura retorcida, de metal, e [que] resiste, podendo mesmo transformar-se em tecido fino aéreo se a isso o tempo a obrigar». Assim, o fino tecido aéreo da poesia e a sabedoria dos provérbios tradicionais angolanos recobre, sem ocultar ou edulcorar, por exemplo, os acontecimentos, em um difícil, mas bem conseguido equilíbrio entre cotidiano e a subjetividade poética. Vários são os momentos em que somos convidados a lançar um outro olhar sobre a realidade, como por exemplo em «Viver nas cidades» em que o flagrar dos sobreviventes das guerras e fomes angolanas, faz-nos alargar a visão, pois nos levam a fugitivos de outras geografias e tempos: «sobreviver transformou-se na exclusiva hipótese diária de subsistir, animais-humanos de presentes envenenados e dias de descidas aos infernos». Tania Macêdo
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