Esta é uma contribuição ao campo da História da Psicologia no Brasil e nela nos dedicamos a traçar perspectivas sobre a constituição da Psicologia Social, entre os anos de 1920 e 1940. Elegemos para isso o desajustamento social como categoria fundamental, a qual poderia revelar o lugar da psicologia social no interior dos discursos médicos como um dispositivo social que atuava no ajustamento das pessoas à vida e à moral burguesa que se impunham à população Assim, desde o fim do século XIX, encontramos um vívido interesse pela psicologia dos povos e a psicologia dos grupos. A exigência de ajustar a população aos novos tempos e formar uma nova identidade social, o que enconttrava raízes nas condições políticas e sociais daquele tempo, posicionavam o Estado, a Medicina, o Dieito e a Pedagogia na direção da população. A Psicologia Social convertia-se em uma forma de higiene mental aplicada ao ajustamento dos indivíduos e, nesse sentido, colocava-se em compasso com a governamentalidade moderna e às possibilidades de elaborar dispositivos terapêuticos para o ajustamento como forma de prevenção e promoção de saúde. O conceito de desajustamento social seria capaz de revelar os elementos implicados no funcionamento mental dos indivíduos, inclusive os seus processos identitários e a emergência de possibilidades de expressão da mentalidade primitiva que supostamente habitava a personalidade.
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