A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), ao longo de seis décadas, protagonizou muitas lutas por democracia, direitos, justiça social e desenvolvimento sustentável e solidário. Embora essa trajetória esteja documentada em várias publicações, poucas se debruçaram sobre a trajetória de luta e organização das mulheres trabalhadoras rurais, como faz a companheira e pesquisadora Vilênia Aguiar neste livro, no qual toma a Marcha das Margaridas 2011 como tema de investigação. A ideia central do livro, de que as mulheres do campo e da floresta se constroem e ganham existência como sujeitos políticos quando juntas, e em marcha, ocupam as ruas de Brasília e se mostram no espaço público, vai ganhando força conforme a autora descreve o percurso da Marcha das Margaridas, desde o processo que levou ao seu surgimento. À medida que descreve a construção da Marcha 2011, como expressão da organização política das mulheres trabalhadoras rurais, Vilênia lança luz sobre aquilo que dá sentido à existência da Marcha das Margaridas, bem como sobre os significados e sentidos a ela atribuídos pelas mulheres que a constroem. Numa narrativa que mescla densidade e leveza, na qual as vozes das margaridas ganham destaque, a leitura do livro nos permite acompanhar o crescimento da Marcha enquanto ação política. Aliás, a maior ação política do mundo protagonizada por mulheres rurais, coordenada pela CONTAG e um marco nesses seus 60 anos de existência. Mazé Morais Secretária de Mulheres da CONTAG Coordenadora da Marcha das Margaridas 2019 e 2023
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