A pesquisa trata dos processos de construção de subjetividades de professores universitários negros da Universidade Federal do Ceará ao longo de suas trajetórias de vida. O objeto de análise foi conhecer as construções identitárias de professores da UFC nas experiências do tornar-se negro num país onde o mito da democracia racial e a política de branqueamento ainda repercutem no imaginário social e onde o racismo institucional é uma realidade que atinge muitos de forma simbólica, sutil e perversa. Os professores foram das áreas de Humanas, Saúde e Engenharias. O Método foi o Biográfico com base em Ferraroti, Josso, Jovchelovitch & Bauer. A base teórica teve apoio em Hall, Sodré, Elias, Costa e Goffman. Na análise sobre Democracia Racial destacamos Skidmore, Nascimento, Guimarães e Hasenbalg. A ideia central da tese é de que houve uma construção sócio-histórica de inviabilização do povo negro. O enfrentamento do racismo por alguns professores se deu através de encarar como brincadeiras, ou negando e silenciando a tematização do assunto. A entrada na Universidade como alunos e depois professores lhes propiciou autoestima e mobilidade social. O conhecimento, para alguns, elevou a consciência de que políticas de ação afirmativa e cotas raciais são imprescindíveis, e outros ainda não percebem esse valor. Reconhecer-se como negro/a inscreve-se a partir da alternância de situações de exploração eivadas de preconceito e discriminação envoltas na condição de classe.
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